Nós e amarras

Presentes no dia a dia de todos que trabalham com cabos e cordas, os nós e amarras são comuns a diversas atividades, sendo assim, conhecer os principais é primordial.

Os nós são indispensáveis ao se utilizar cabos e cordas e muitas vezes determinam a segurança da atividade. O treinamento constante é essencial para que sejam executados de forma rápida e correta quando necessário. Um nó em uma corda reduz sua capacidade de carga, e um nó mal feito pode diminuí-la ainda mais. Portanto, os nós devem ser aprendidos e praticados de forma constante.
Quando se trata de nós voltados à segurança, é essencial selecionar aqueles que sejam fáceis de executar, simples de inspecionar, rápidos de desfazer após aplicar a carga, estáveis durante o uso e que preservem ao máximo a resistência da corda.
Abaixo elencamos nós bastantes úteis na aplicação de cordas:

Nó direito

Comum a praticamente toda atividade que usa cabos e cordas, geralmente é o primeiro nó ensinado. Utilize este nó para unir cabos e cordas de bitola iguais, inclusive unir as pontas da própria corda para formar um laço. Quando está sob tração, este nó é bem difícil de soltar. Além disso, desatar este nó é mediamente difícil. Atenção: nunca utilize este nó para cargas críticas.

Nó oito ou volta do fiador

Diferentes aplicações utilizam o nó oito, o qual retém cabos e cordas em obstáculos. Por exemplo, quando usamos um olhal, mosquetão, moitão ou roldana, o nó oito impede que a corda passe por esses obstáculos. Sob pressão, o nó oito pode emperrar, mas ainda é possível desatá-lo. É importante conhecer e dominar o nó oito para sua aplicação em diversas situações que envolvam cabos e cordas.

Nó borboleta

Utiliza-se o nó borboleta em diversos segmentos, sobretudo em atividades como rapel, escaladas, içamento de cargas e trilhas na natureza. Ele desempenha a função de um ponto central na corda, estabelecendo dois trechos independentes.
Para escalada ou rapel, o nó borboleta aumenta a segurança por deixar os trechos da corda independentes. Já para içamento de cargas, este nó se mostra útil quando precisamos distribuir uniformemente a tração entre os dois trechos das cordas.

Ainda, o nó borboleta serve para isolar a parte danificada de um cabo ou corda. Isso ocorre porque o nó borboleta deixa as seções que estão fora do laço independentes.

Além disso, desatar esse nó apresenta uma dificuldade média.
Este nó tem sua versão com chicotes, onde não cria um seio ou alça na corda, mas é muito útil para unir duas cordas ou cabos de mesma bitola e material.

Nó volta do fiel

Também conhecido como nó de porco, nó de barqueiro, nó de marinheiro, nó de espeque e nó de cravo. O nó volta do fiel é comum a diversos segmentos, e sobretudo utilizado no meio náutico. Usa-se este nó para prender um barco no cais ou um bote a um veleiro, por exemplo.

O nó volta do fiel serve para amarar o cabo ou corda a uma haste fixa como, por exemplo, um poste. Também é útil como base para outros nós e amarras.

Ainda, este nó se solta facilmente mesmo quando submetido a muita tração. Por isso, recomendamos que você dê um nó oito na ponta não tracionada, para evitar que ele escorregue e desate o nó volta do fiel.

Nó volta do fiel de soltura rápida

Ester nó tem a mesma função que o nó volta do fiel, porém tem a vantagem de ser fácil e rápido de desatar. Isto torna o nó prático, mas também reduz significativamente sua segurança.

Nó lais de guia

Primeiramente, este nó desempenha uma função similar ao volta do fiel. No entanto, ele proporciona uma maior segurança, apesar de exigir uma construção mais demorada. Sendo usado para amarrar uma corda em um ponto fixo, como uma âncora, de modo a criar uma ancoragem segura. Também serve para criar uma volta fixa que é útil, por exemplo, para resgatar alguém que caiu no mar . Por fim, o nó lais de guia aguenta muita carga tornando-o extremamente confiável. E mesmo assim, ainda é fácil de desatar.

Nó de caminhoneiro autoblocante

Os caminhoneiros são os principais usuários desse nó, como o próprio nome indica, para prender suas cargas ou coberturas da carga.

Sendo muito útil, pois o nó de caminhoneiro autoblocante cria um laço que faz o papel de polia, aumentando assim a tração aplicada na corda.

Além disso, o nó não perde tração quando aliviamos a puxada, o que o torna autoblocante e garante a manutenção de toda a tração aplicada. Por último, desatar este nó é relativamente fácil.

Nó volta da ribeira

O nó, conhecido também como nó de pedreiro e nó de lenhador, se desfaz facilmente quando não é tracionado, porém permanece seguro quando aplicamos tração. Por esse motivo, as pessoas o utilizam amplamente para lidar com cargas pesadas e para aumentar a segurança das extremidades fixas das linhas de amarração da escota de uma vela.

Nó balso pelo seio

Comumente utilizado em resgates de pessoas, na ausência de meios mais confiáveis, pois é um nó muito seguro que proporciona dois laços fixos. Utiliza-se estes laços debaixo das axilas, nos pulsos, tornozelos ou como uma cadeira para puxar uma pessoa. Sendo este último caso, mais indicado o nó cadeira de bombeiro. Além disso, o nó balso pelo seio é relativamente fácil de desatar, mesmo quando está sujeito a alta tração.
Além disso, sua utilidade estende-se a diversas atividades, tais como camping, pesca e escalada. Com esse nó, é possível obter maior controle e adaptação às necessidades específicas de cada situação.

Nó cote

O nó cote é uma opção muito fácil e rápida de fazer, sendo amplamente utilizado em diversas aplicações devido à sua simplicidade. No entanto, é importante ressaltar que não o consideramos muito seguro quando submetido a alta tração. Para aumentar a segurança, recomenda-se fazer o nó com mais voltas, assim evitamos que desmanche com facilidade. Ademais, é importante destacar que o nó cote também pode servir como base para nós mais complexos.

Nó pescador

O nó pescador, também conhecido como nó cabeça de cotovia, tem a finalidade de unir as extremidades de duas cordas de mesma bitola. Por consequência, recebe esse nome devido à sua utilidade em atividades de pesca. Assim sendo, ressaltamos que esse nó é especialmente eficiente, pois permanece seguro mesmo quando está molhado ou quando utilizamos cabos de materiais escorregadios, como a poliamida e o polietileno. Com essa característica, o nó pescador torna-se uma escolha confiável em diferentes circunstâncias.

Nó lais de guia de correr

Assim como a maioria dos nós de correr, o nó lais de guia de correr aperta quando está sob tração e solta quando caso contrário. Esse nó desliza facilmente e pode ser ajustado rapidamente. Utiliza-se em diversas atividades ao ar livre, como acampamento, escalada e na construção de armadilhas para caça. No entanto, é importante destacar que ele pode escorregar quando submetido a alta tração. Nesses casos, recomendamos o uso de nós adicionais para aumentar a segurança e evitar deslizamentos indesejados.

Nó de escota

O nó volta de escota é amplamente reconhecido como um dos melhores nós para unir dois cabos de bitolas e materiais diferentes. É um nó simples de fazer e inspecionar, sendo difícil de escorregar sob pressão, mas muito fácil de desatar quando a presão é aliviada.

Nó de escota duplo

Este nó tem exatamente a mesma função do nó de escota, mas a volta adicional confere mais segurança para o nó.

Nó volta de gancho

Primeiramente, utilize o nó volta do gancho para unir uma corda a um gancho. Assim sendo, este nó torna-se extremamente útil na construção civil e em atividades portuárias para o içar cargas. Ele pode ser realizado com uma ou mais voltas, sendo que a quantidade de voltas está diretamente relacionada à sua segurança. Além disso, ele é reconhecido por ser seguro sob tração e fácil de desatar. Com essas características, o nó volta do gancho se torna uma opção confiável para garantir a segurança durante o manuseio de cargas.

Nó aselha simpes

O nó de aselha, ou aselha simples, é utilizado em esportes de aventura, escalada e resgate. Ele é utilizado para criar alças fixas em cordas. Sua simplicidade é uma de suas maiores vantagens: é fácil de fazer e inspecionar, no entanto, o uso do nó aselha simples no ambiente vertical é polêmico, pois existem nós mais apropriados que preservam melhor a resistência da corda. Além disso, pode ser mais difícil de desfazer após ter sido submetido a tensão.

Nó de aselha em oito, ou oito duplo

O nó de aselha em oito, também conhecido como oito duplo, é amplamente utilizado em esportes de aventura, escalada, trabalho em altura e resgate, assim como o nó de aselha simples. A principal diferença entre os dois está na segurança e na facilidade de desfazer o nó após ele ser submetido a grandes tensões. Embora o nó de aselha simples já ofereça um bom nível de segurança, o nó de aselha em oito é ainda mais confiável, graças às suas voltas adicionais, que reduzem o risco de escorregamento.
Além disso, essas voltas extras tornam o nó mais fácil de desatar, mesmo depois de ter suportado grandes cargas, o que é um ponto crucial em situações de resgate ou em práticas de aventura. No entanto, essa segurança extra vem com a desvantagem de ser mais difícil de executar, exigindo mais habilidade e prática.

Nó de aselha nove

Este é mais um nó da uma série de variações do nó de aselha, especialmente indicado para situações em que o nó estará sujeito a grande tensão carga. Essa variação é recomendada porque, além de ser resistente e não escorregar, é fácil de desatar mesmo após sofrer alta pressão cargas mais elevadas. Sua principal desvantagem está na execução, que pode ser mais complexa.

Nó e amarração (Mooring hitch)

O nó de amarração (Mooring Hitch) é um nó prático e confiável, amplamente utilizado no meio náutico para prender embarcações a postes, ancoradouros ou outras estruturas fixas. Sua principal vantagem está na facilidade de execução e no fato de permitir que a corda seja solta rapidamente, mesmo sob carga.
Esse nó é projetado para suportar cargas pesadas, mantendo a tensão e evitando que a embarcação se desloque. No entanto, em condições de muita agitação ou movimentos repetitivos, pode ser necessário reforçar o nó para evitar que ele se desfaça. Por isso, é amplamente utilizado em portos, marinas e em operações de navegação, onde a segurança e a eficiência são fundamentais.

Nó cadeira de bombeiro

Este nó não deve ser utilizado em operações de resgate quando houver dispositivos adequados e seguros disponíveis, por conta disso e das modernizações nos padrões de segurança, está cada vez mais em desuso. No entanto, em emergências onde não há acesso a equipamentos mais apropriados, ele pode servir como base para ser reforçado com outros nós que aumentam sua segurança.
Com essas considerações em mente, esse nó pode ser usado para improvisar uma 'cadeirinha de bombeiro', em que suas alças envolvem as pernas para sustentar o corpo de forma provisória.

Nó Catau

O nó catau é utilizado principalmente para encurtar uma corda em situações de baixo risco, como ao montar uma barraca ou prender uma rede a uma árvore. Sua simplicidade e eficiência o tornam útil nessas circunstâncias.
Além disso, uma de suas aplicações mais notáveis é criar uma âncora temporária, que se mantém estável sob pressão, mas se solta quando a tensão é aliviada. Esse uso pode ser vantajoso em situações emergenciais, onde a corda precisa ser recuperada após alcançar o solo.

Prussik

Introduzido pelo escalador Dr. Karl Prusik em 1931, o nó Prussik é essencial para praticantes de esportes de aventura, trabalhos em altura, arborismo, resgate e outras atividades realizadas em grandes elevações. Sua principal característica é a capacidade de deslizar ao longo da corda quando não está sob tensão, mas, assim que sofre pressão, ele trava e não se move mais.

Quanto maior a tensão aplicada, mais firme ele se torna, garantindo segurança.

Essa versatilidade torna o nó Prussik é útil em diversas situações,, como substituir um ascensor, servir de apoio para movimentar equipamentos ao longo de uma corda ou atuar como um ponto de segurança móvel. No geral, ele é adequado para qualquer aplicação em que seja necessário um apoio que possa se mover e, ao mesmo tempo, travar com segurança quando necessário.
Para ,garantir a eficácia do nó Prusik, recomenda-se que o diâmetro do cordelete seja 2/3 do diâmetro da corda principal. Essa relação é crucial, pois diâmetros mais finos oferecem menor resistência, enquanto diâmetros maiores podem fazer o nó deslizar.

Amarra quadrada

A amarra quadrada é útil para unir duas hastes formando um ângulo de 90˚ entre si. Esta amarra possui a vantagem de gerar tensão para todos os lados que ela suporta, dessa forma ela é mais estável. Assim sendo, é a amarra mais indicada quando o objetivo é unir objetos de forma transversal.
Utilizamos esta amarra em muitas aplicações, desde montanhismo, atividades de sobrevivência a construções rústicas, onde é utilizada na junção de estruturas.

Amarra diagonal

Se você pretende fixar ou unir duas hastes ou trocos que estejam dispostos diagonalmente utilize a amarra diagonal. Assim sendo, se diferencia da amarra quadrada, que é útil somente quando os objetos formam um ângulo de 90˚ entre si. Ainda as duas amarras se distinguem pelo fato da amarra diagonal gerar tensão somente em duas direções opostas, enquanto a amarra quadrada gera tensão para todos os lados.
Por fim, utiliza-se a amara diagonal em atividades como montanhismo, acampamento, sobrevivência ou mesmo em construções rústicas para dar mais segurança na junção de estruturas.
Estes são alguns nós e amarras que consideramos importante você conhecer. Mas o mundo dos nós e amarras é enorme, por isto não se surpreenda se encontrar listas diferentes.
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